segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Venha 2014! Quero te usar!


Hoje é o penúltimo dia do ano! Não preciso nem dizer o quanto este ano foi ao mesmo tempo maravilhoso e cheio de provações. Amanhã faremos 36 semanas e , figa, figa, estamos muito bem! (fotos abaixo)

Semana passada, acho que tive um choque de realidade e comecei a sentir uns frios na barriga. Primeiro porque sei que está cada vez mais perto e porque estava organizando nossas malas de maternidade , assim passo a visualizar mesmo que em breve tem mais um serzinho compartilhando a casa aqui conosco; segundo, porque uma conhecida e colega de grupo que estava com quase o mesmo tempo que eu , teve seu bebê no dia de Natal, adiantada(com 37) semanas, super rápido. Então enquanto eu achava que estávamos na mesma expectativa, ela já estava parindo! ;-) 

Bom, claro que cada parto é um parto, mas existe uma certa probabilidade de os filhos virem mais ou menos no mesmo tempo de gestação. Ou seja, uma mulher que tem historico (s) de gestação curta ou longa, salvo complicações, provavelmente seu próximo filho virá em tempo semelhante. Portanto , fico me baseando um pouco no tempo de Nina, que deu sinal com 41 semanas + 3 dias. Assim espero para Estelinha, pois daí posso 'aproveitar' mais e ter tranquilidade de deixar tudo pronto mesmo (acreditem se quiser ainda tenho coisas a finalizar no quarto, nos apetrechos, nas roupas..)

Também estou no momento de iniciar os exercícios no períneo. Queria muito pegar logo um Epi-no (aparelhinho que fortalece e o com o qual fazemos exercicios para a musculatura do assoalho pélvico , evitando lacerações e , claro, uma episiotomia - http://www.epi-no.com.br/) , mas por enquanto os que tem disponíveis para aluguel em Recife estão ocupados, então tenho que me contentar no momento apenas com a auto-massagem do períneo. Que também , dizem, é eficaz. 


Bom, é isso. Tudo que consigo pensar para 2014, além de muita saúde para nós 4, ao menos para este começo de ano é:  
FELIZ VBAC NOVO!! 

35 semanas, pegando uma prainha em 28/12/13

Quem quer jogar basquete? ;-)


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Corrida de Obstáculos


Tudo corria bem. Tudo fluía. Muitas planos, muitas leituras de parto e nascimento, frequentando encontros. Ainda em clima de comemoração por ter ultrapassado o ‘obstáculo’ da placenta baixa. Até que fui em mais uma consulta de rotina  na médica e ela me pede mais duas ultrassons (uma obstétrica e outra endovaginal); explicando que precisaríamos ver a posição/distância exata da placenta para o colo do útero e, o pior e meu maior temor, a possibilidade de acretismo (quando o órgão se adere à cicatriz da cesárea ou parede uterina, não descolando após o parto). Como boa ativista, pesquisadora e jornalista, dei aquela desconfiada básica: “Mas será que dá para constatar isso por ultrassom?” Na minha cabeça, assim como dilatação e abertura da pelve (a velha ‘passagem’), coisas que só se detectam na hora do parto, achei que acretismo placentário só se veria no momento P. E mais, a indicação era de que dependendo dos resultados dessa ultrassom, para uma averiguação maior ainda, teríamos que fazer uma ressonância magnética.

Fiquei desconfiada, não vou mentir. E com medo, porque isso mais uma vez colocava o parto em questão, além de ser um fator que trazia a tona a ideia de necessidade de bolsas de sangue no dia do parto, em caso de hemorragias e tal. Enfim, tudo relativo à prevenção e ao diagnóstico precoce, sem necessariamente ter que acontecer ...  

E saí a perguntar. Falei com a Ana Cris, parteira de SP, que me confirmou tudo e disse que descobrir se a placenta está acreta ou não antes do dia era muito útil e evitava uma série de complicações (como internação materna, hemorragia grande...etc) . Mas me pôs também outra pulga na orelha dizendo: “Se estiver assim, é indicação de cesárea!” Fiquei louca, pois achei que já tinha afastado a ideia de eletiva da minha cabeça. Ela bateu e alisou depois: “Não pense nisso, pois a probabilidade é de 2%”.  E como-faz? Rsss.. Daí fiquei pensando o quanto essa gestação me lembra uma corrida de obstáculos, pulando um atrás do outros, uns mais baixos, outros muito altos, em busca de uma vitória.

Depois, numa conversa pessoalmente com a inquestionável Leila Katz, ela também me explicou direitinho que era possível sim detectar se placenta estava ‘grudada’ ou não. Mas que eu ficasse tranquila, pois ela achava que, por eu ter sangrado muito, minha placenta não estava estática, ou seja, aderida, e que por isso tinha poucas probabilidades. Os sangramentos podem ter sido justo dessa migração.

Fiquei a semana meio tensa. Pensando, mas me esforçando para não noiar. E lembrando novamente que iria também ver a posição de Estelinha, que eu tinha mais esperança de estar igual a antes. E , finalmente, hoje , sexta, fomos fazer esses exames... demorou um pouquinho, mas aqui estou eu de novo, teclando, dando pulos de ALEGRIA porque deu tudo certinho, redondo!!!! UHúuuu!  Placenta alta, fora da cesárea, sem indícios de acretismo e minha estrela cefálica linda no mesmo lugarzinho (dorso à esquerda e perninhas empurrando meu lado direito; e ela esta com cerca de 2,1 kg). Nada de ressonância!! A ultrasonografista – super especializada  - disse que nem conseguia direito ver a placenta por via vaginal, por ela estar alta! Yes ALTA! Quanta satisfação! Mais um obstáculo grande e difícil que pulamos com garra! O Rodrigo que me acompanhou no exame soltou ao final “Agora, já pode ter em casa!” hehehe

Depois volto para falar também do meu Plano de Parto (Que fiz até antes de saber disso tudo). Eu já estava sentindo o cheirinho de VBAC. E como sempre disso, que venha esse VBAC! Aliás, pra finalizar, uma amiga perguntou “Lica , você não tem medo (do parto natural)?” Ao que eu respondo: “ Meu medo é muito menor que minha vontade!” Preciso passar por essa experiência nessa vida e dar isso à minha filha. Ponto final!

Livros da Cabeceira: Parto Ativo, Parto com Amor, Memórias
 do Homem de Vidro e O Livro da Maternagem 

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Úteis e Fúteis


Um pouco não. Negligenciei muito o blog ultimamente. Nao se se porque estava tirando o atraso do tempo que fiquei quieta - e talvez mais introspectiva. Fiquei muito feliz da gida e querendo aproveitar mais, sair por ai, resolver outras coisas. Por isso fiquei um tempinho sem escrever.

Das coisas "fúteis", estou até marcando um ensaio de fotos familia, com a barrigona, Nina, o Ro, coisa que nunca fizemos. Também fui a praia no sábado e piscina no domingo, tendo dois dias ensolarados e muito agradáveis com amigos queridos ( o que não é fútil e sim faz muito bem à saude mental)

Das  coisas úteis, tenho frequentado o grupo Boa Hora aqui em Casa forte, que esta sendo muito proveitoso e sociável. No ultimo encontro falou-se muito sobre a dor do parto e as formas não farmacológicas de amenizá-la. Num exercício muito interessante com bolas de tenis, pudemos sentir o quanto pode ser doido e temos que " fazer amizade" com a dor,  isto é, tentar absorvê-la, acostumar, incorporar. Achei muito bom exercício de reflexão e concentração naquilo que pode te tirar do serio.

Também na leva de resoluções, a doula Mariana Portella esteve em casa para conversarmos sobre ela me acompanhar. Não poderia escolher outra pessoa: como comentei antes, Mari teve o mesmíssimo problema que eu de placenta baixa, nas mesmas semanas praticamente e ela conseguiu seu parto natural, em casa!! Então alem disso e por isso , foi uma pessoa linda que me acompanhou virtualmente todo esse tempo de repouso, de angustias.. Sempre me apoiando e com uma confiança e positivismo incríveis. Daí, na sequencia, já estou vendo com ela também a redação de um plano de parto detalhado , super aceito por minha medica.
Falando nela, ontem tivemos consulta ( hj fazemos 33 semanas uhúuuu!! ) e na ocasião surgiu uma "novidade", um porém.. A GO quer que eu faça dois Usgs bem específicos para sabermos exatamente  a posição da placenta em relação ao colo, isto é, a distancia real para o canal cervical, para a tranquilidade do parto normal. Disse ainda que, por minha placenta ser anterior ( na frente), temos que descartar a possibilidade dela estar na cicatriz da cesaria e até de (aderência forte da placenta). Confesso que fiquei meio tristinha e desgostosa, porque enquanto eu ainda comemoro a subida da placenta e saída do OCI , ainda temos que procurar sarna pra se coçar e ficar investigando.. É a velha questão da precaução e , ao pé da letra, o pré-natal. Muito difícil ficar lidando com novas possibilidades ( a medica questiona se no dia/ hora , a placenta se estiver baixa, pode ser 'arrastada' pelas contrações e/ou grudada na cicatriz o que causa hemorragias e precisa de sangue). Eu na verdade, não estou pensando tanto assim.. Estou confiante que a situação esteja boa, mas medico acaba tendo que mitigar tudo.
E essa é outra questan, que tem me atormentado: onde ter a bebé! Meu plano nao cobre o Santa Joana , que é mais 'flexivel' em relação ao parto no quarto ou talvez até na agua, e agora tenho que escolher entre hospitais que nem sao tão apreciados assim pela propria equipe. Muito menos liberdade pra usar banheira e outras coisas mais.  Aí fica uma vontade gigante de ter em casa, do jeitinho que eu queria , na agua quentinha, com luz baixa, sem ter que passar por um "coito interrompido" e sair correndo no expulsivo pra um bloco cirúrgico assustador e frio, só para o bb sair de mim. Absurdo.. Fico deprê em pensar em abrir mão de alguns sonhos como a piscina/ banheira. Mas é isso. Vamos visitar o Memorial -que deve ser o plano A- e o Esperança, escolher, e dar sorte de podermos ficar em casa com a doula o máximo possível.

Update: devorei o livro "parto com Amor", mais visual e super leve, e agora estou lendo o "Parto Ativo", muito util para a preparação do corpo e da mente para o dia P.



Fotinhos na frente da casa de Dani com umas 30 semanas