Faz três anos e sete meses que não escrevia neste blog. Pensei , repensei, ensaiei. Assunto não
faltou.Amamentação da Valentina,
crescimento, descobertas, educação, VIDA, muita VIDA!
Agora, grávida da segunda, vi um motivo imenso e inevitável
de voltar a escrever.
Esta pequena demorou um pouco mais que a outra. Causou uma
certa ansiedade na mãe, mas, enfim, se fez presente, chegou deliciosamente, descoberta
num sábado friozinho de inverno, em São Paulo, no banheiro da casa do meu
irmão, pelas duas listrinhas bem escuras do teste de farmácia. Apesar de já morarmos em Recife, foi na viagem
à terra do pai que tivemos a certeza.
Tentava aquele bebezinho há uns nove meses. Desde que meu
sobrinho nasceu, filho da minha irmã mais nova, me vi de novo numa vontade
incontrolável de ter outro bebezinho nos braços, no peito, em casa. Estranhei,
chorei, me questionei da ‘demora’. A idade? Estou velha? Não, creio que apenas
uma conjunção da natureza e uma frase que havia escutado na cabeça “bebês vem
quando tem que vir, nem mais cedo nem mais tarde”. E já estava ficando meio
desgostosa e tentei ficar calma, na minha. Com a ansiedade um pouco aplacada e
certa que não deveríamos ter problemas físicos...ela escolheu seu tempo e foi
concebida. (detalhe: sempre fico impressionada e super maravilhada imaginando o
encontro de 1 espermatozoide com aquele ovulão, gerando assim uma vida; é
único, é sublime, é incrível..e penso também, não é fácil! Ao contrário do que
todos imaginam).
Anteriormente, já
tinha tido um episódio de atraso da menstruação e fiquei super empolgada. Nesta
euforia, acabei fazendo uns testes (farmácia e beta!) meio precoces com 2 dias
de atraso...e, NADA! O que estava acontecendo?? Uma semana sem menstruar, mas
testes negativos. Foi uma provação pra mim e um sinal que eu deveria baixar a
ansiedade e pensar em outras coisas, sabendo-se que o corpo tem mistérios que a
nossa vã filosofia nem imagina.
E nesta toada passaram-se dois meses e veio mais um atraso.
(ou melhor, não veio!) Mas dessa vez
decidi não me precipitar, esperei 10 dias de atraso menstrual e, finalmente, lá
em Sp me disse ‘vou comprar outro teste’. Era noite, ia ao mercado e no caminho
passaria na farmácia. Três detalhes me
chamaram a atenção no trajeto e esta noite. Logo que chego à farmácia o
primeiro produto que bato o olho foi o ‘Luciara’ , um creme de estrias para
gestantes da Bayer, para o qual eu tinha trabalhado quando estava grávida da
Valentina. Depois, quando entro no supermercado, qual música está tocando? “Vilarejo”, de Marisa Monte, que me dá até
vontade de chorar de tanto que me emociona e me faz lembrar de gravidez, de bebês,
de partos e da gestação de Nina.
Musica Vilarejo -Marisa Monte
Deixei para fazer o teste no dia seguinte. E pra completar, a
Lu, amiga que veio jantar conosco, em poucos minutos de uma conversa qualquer,
solta do nada, sem nenhum motivo ou informação
ou ligação “Você está com uma
cara de grávida!!” Eu fiquei roxa na hora, dei um sorrisinho de lado ,
perguntei o porquê e desconversei. Mas fiquei chocada!
No outro dia, tive aquela confirmação linda e olhando o teste
cantarolava em tom de chefe de torcida “É bebê, é bebê!!”
Para minha surpresa, se eu tivesse combinado não conseguiria
acertar assim: a DPP?? 30 de
janeiro de 2014! Fizemos praticamente na
mesma época da Valentina, podendo este bebê vir na mesma data da primeira. ;-)
Assim como Nina, só consegui descobri que era menina por
volta dos 4 meses... Aí é outra história...